sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Minha Mão Minha Flor

Boa Noite!

É muito bom estar com vocês outra vez. Fiquei ausente por um longo período, aos poucos vou contando. Dentro desses anos de afastamento o fato mais difícil foi a perda da minha mãe. E é sobre ela que venho hoje falar um pouco.





Foi o dia mais triste de minha vida. Minha mãe foi atropelada na faixa de uma das avenidas mais importantes de minha cidade. E bem próximo da minha casa. Foi no dia 23 de maio de 20016. Ela ficou 14 dias no hospital. Não quebrou nenhum osso, apesar da violência do baque que a impulsionou metros a cima do chão.  Foram realizadas tomografia, raio X, mas nada aparentemente. Ela veio para casa dia 1 de junho; dia de um temporal terrível aqui em Cachoeiro. Ficamos a noite e metade do outro dia sem energia. Foi horrível. Porém não mais que a manhã do dia 2 de junho.
Estávamos sem energia, minha maezinha no quarto, sentia dores, mas parecia estar bem. Apenas reclamava constantemente de dores nas pernas, dizia que esta "calçada"; nos pedia constantemente para lhe tirar as sandálias.  Minha irmã Cristiane, a caçula, dormiu ao lado dela, a noite anterior. Preparou café da minha mãe e saiu para seu serviço.  Eu fui ficar com ela, era meu plantão; Pois no hospital, por minha baixa visão ficava difícil para eu ir. E minhas tres irmãs revezavam para ficar com ela. Eu fiquei conversando com ela sobre muitos assuntos do passado, sobre sua infância difícil na roça. Minha outra irmã, Elisângela chegou e foi aplicar insulina nela, foi sua primeira vez, ela nunca havia feito isso. Aplicou, mamãe fez uma careta, ela sempre fazia. Depois deu café pra ela e também foi para seu serviço. Eu fiquei com minha mãe até umas 10 hs quando chegou minha outra irmã Nina para dar banho nela. Somos quatro irmãs.  Levaram ela pro banho, minha irmã minha cunhada Maria e minha afilhada Islene, Acabou o banho levaram pro quarto e estavam enxugando-a, eu esta em pé na porta do quarto, estava preocupada. Minha mãe reclamou de muita dor.  Olhei pra minha mãe completamente pálida dei um grito - Mãezinha... e ela apenas fixou os olhos em mim...
Ficamos desnorteadas, minha irmã quase que sem forças a chamava em vão, pois no fundo nós já sabíamos... levaram-na ainda pro hospital mas eu já tinha sentido uma forte presença divina e em meu coração uma voz doce me disse: "Não se preocupe filha, eu estou levando ela..."... Era a Virgem Maria eu sei. Por hoje, fico por aqui com meu coração lagrimejante de saudades e com a certeza que ela está muito melhor que eu.
Mas, quero desejar a todos vocês uma noite abençoada. Beijos caramelados...
Te amo mãe eternamente.




Um comentário:

  1. Tocante o vídeo e emocionante homenagem,cheia de saudades! beijos, chica

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Será um grande prazer saber sua opinião, ler seus comentários. Sinta-se em casa, arraste a cadeira e tome um café com poesia, que tal?

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