O sonho acabou:
E não sou o palhaço que você pensou.Fiz tudo para suportar o nosso amor.
Banquei o trapezista...
Fui malabarista...
Domei a fera das dores que você causou.
No trapézio da solidão, quase caí ao chão.
Mas me equilibrei...
Sem pensar na emoção,
Fui malabarista, tentando esquecer
.uma maldita vontade de morrer.Mas fiz ficar de pé o meu orgulho
Maltrapilho...
Errante...
Sem saber...
O que é ter ou não ter...
Domei um amor feroz e cruel,
Que quis me estraçalhar
E comigo acabar.
Mas superei...
Fazendo dele um nada qualquer.
Fui bailarina bailando com a desilusão
E dancei com a esperança que havia em meu coração.
E ao fim da dança restou apenas o ecoar da solidão. No palco de terror, representei...
Fui Cinderela...
Que à meia-noite perdia seu amor.
Fui... branca de neve
Nas mãos de uma madrasta fria e cruel
E conheci o sabor do fel!
Mordendo a maçã do amor...
Nunca mais pude sonhar e parar de chorar.
Só por não poder amar um tal senhor,
Que jamais irá voltar...
E no palco do silêncio e da dor,
Fui poeta, que nunca foi, apenas amou.
E dele nada restou!
Fui atriz...
Fui meretriz...
Fui apenas dor...
Fui rosa...
Margarida...
Orquídeas...
E jasmim...
Do altar de alguém que se casava sem amor.
Fui esperança...
Fui criança de um palco de terror.
E nas ilusões da vida tive um desafio,
Tendo como pior palco uma montanha gelada e fria
Representei vários números no palco da vida...
Onde o palhaço era eu.
Que me fazia chorar...
Sorrir...
Acreditar
E... mentir
Só não era capaz de fazer amar!
Fui o palhaço e nem percebia,
Apenas sorria...
Mas o sonho acabou:
Não fui primavera...
Nem verão...
Nem outono...
Ou inverno.
Já não sou o que era...
Nem o que um dia fui.
Hoje sou apenas o resto do que
deixei de ser.
deixei de ser.
Um resto de solidão...
Saudades
E... amarguras
De uma triste e imensa falta de amor e doçura,
Sendo o palhaço da encenação de meu próprio eu.
O sonho acabou:
Só restou piedade,
E nem fui sua saudade!
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