terça-feira, 20 de março de 2018

P.S Eu Te Amo

Bom dia! Tudo bem com vocês? Desejo que sim.
Hoje venho falar de uma poesia que despertou em mim o desejo de escrever. Foi a minha primeira poesia. E foi feita em uma fase linda e inesquecível da minha vida, para uma pessoa especial. Talvez tenha sido a coisa mais verdadeira de uma vida toda. Talvez não, certeza que foi.
Mas, vamos ao que realmente interessa hoje, foi a partir de poesias assim que comecei a pegar gosto pela escrita, desde os meus mais tenros anos. Escrevi muitas e muitas poesias, hoje tenho dois livros e alguns textos, muitas poesias e ideias (risos).
Meu maior desejo é ver publicados, e o meu pupilo é o livro que fala dos mesmos personagens dessa poesia. Meu primeiro livro escrito "A Verdade é a minha essência."
Como voces já verão a poesia em vídeo do meu canal no youtube : https://www.youtube.com/channel/UCo0LSHQaQO_kcAPkHAWt5Jw

Vou deixar aqui uma degustação do livro:

Cap I – No Despertar da Adolescência.

- Ai, ai, ai!!!
- Que foi Lya?
- Socorro o galho esta quebrando, eu vou cairrrrrrrrrr
Craaaaaaaaackkk... Splash, fez o maior barulho, o galho quebrou e Lya caiu com ele. Braço pra um lado, perna pro outro, e biriba pro outro! E Lya imóvel Angelina desce correndo do seu cavalo (galho de biriba) pra socorrer a amiga que ta no chão. A olha, estava inerte. Então,  começa a gritar por sua mãe.
- Mãe socorre aqui, ela caiu e morreu!
Grito pra todo lado e vem a mãe de Angelina desesperada correndo. Vê Lya desacordada e fala pra Angelina:
- Corre, pega um pouco de água pra passar na testa pra mode ela acordar.
Angelina corre trazendo um canecão de água; tropeça e joga todo em cima de Lya. Que acorda assustada:
- Que, houve? Que houve?
Levanta-se, e diz:
- Uai fiz xixi na roupa?
- Não sua boba, você desmaiou, e eu te dei um banho....
Mas pensam que elas desistiram de brincar de “cavalo”  e se lambuzarem de biribá????????

Lya era uma adolescente de 16 anos, e morava em um vilarejo chamado Itaema. Todos a achavam  meio maluquinha, pois era muito namoradeira. Mas na verdade ela apenas queria curtir a vida. E não queria se amarrar. Era muito nova pra isso. E quando namorava alguém por mais tempo, se cansava e os achava entediantes. Pois estavam sempre querendo algo mais. E pensava: “esses caras são todos iguais.”
Quando percebia que seus namoradinhos queriam avançar o sinal, logo se esquivava e fugia deles. E acabava com o namoro. Pois sabia que apenas queriam se divertir pois achavam-na promiscua por namorar tanto. Mas Lya sabia muito bem até onde podia ir.
Claro que ela adorava ficar namorando no escurinho, escondidinho e até gostou de alguns rapazes. Mas ao perceber que queriam algo mais, ela fugia, pois esperava muito mais de um homem, de um amor. Sonhava com seu príncipe encantado como todas meninas. Com aquele que iria fazê-la ouvir badalos de sinos, flutuar, amar...
Lya tinha uma amiga especial e confidente, com a qual passava horas a fio conversando e brincando! Era Angélina,  passavam o dia inteiro trepadas em algum pé de fruta falando de seus amores. Lya adorava ir  a casa dessa amiga. Ela era especial pois sabia ouvir e aconselhar e entendiam-se como ninguém. Sua amiga Angelina era verdadeiramente um anjo para ela. E em sua casa humilde Lya se sentia feliz, E sempre  ia lá para desabafar, pra pedir socorro.
Um dia Lya e Angelina estavam trepadas no pé de biribá. Com a cara e cabelos lambuzados faz uma confissão a amiga sobre suas desilusão:
- Angelina, sabe aquele rapaz que pensei estar apaixonada?
- Sei, o Mário né?
- É, ontem na festa que fui finalmente fiquei com ele. E você nem imagina o que aconteceu!
- O que foi amiga?
- Ele me abraçou, me beijou parecia ser tudo que eu queria, mas ele estava muito estranho, tremia que nem vara verde! Eu acabei com medo dele (risos).
Angelina as gargalhadas comenta:
- Tremia? Mas como isso amiga?
- Sei lá, num entendi nada. Só sei que num gosto dele não. Acho que desencantei!
- Muito engraçado, você queria tanto ficar com ele e ele sempre atrás da sua irmã, né? Agora que consegue não é nada daquilo que queria.
- Pois é, não sei o que aconteceu!
As duas riram muito.
Um longo tempo passou. Lya conheceu outro rapaz mas ele estava ficando com sua prima e ela ficou na dela. Mas lia sempre conversava com amiga Angelina e  lhe falava do tal Gilbert que estava encantada com ele. E que ele havia tentado namora-la. Mas Lya sabia que ele estava com sua prima e por isso não queria.
Mas ele insistiu muito, e disse que havia terminado com a Adrielle ai ela não resistiu mais e o namorou. Lya  como sempre achou gostou muito de Gilbert mas com o tempo ele começou a sacaneá-la ficando com outras meninas. E Lya acabou ficando com muita raiva dele, e não queria mais namorá-lo. Ele além de muito galinha era também atrevidinho. E ficou triste por muito tempo, sem namorar ninguém.
Lya apenas dava uns beijinhos de vez em quando. E às vezes se dizia apaixonada, mas era só fogo de palha. E sentada com Angelina  em uma enorme pedra perto da casa dela as duas falavam dos namorados e Angelina pergunta-lhe:
- Lya, quantos namorados já teve? Será que se lembra!
- É meio difícil lembrar todos... mas vamos relacionar começando pelos mais recentes. Vejamos: lembra do Mário? Eu e você naquela chuva! – risos –
- Sim, como poderia esquecer. naquele dia levei uma surra! – risos –
- Pena que foi só um dia, ele era um gatinho! O Zé Maria, esse gostava era da Mirna! O Juarez, hummmmmmmmmm maior gatinho! O Juninho também muito gato e muito legal! O Gil aquele idiota, odeio ele! O Carlos Roberto sobrinho do professor lembra?
- Claro, maior gatinho né! Pena morar tão longe.
- Pena mesmo, pois ele foi muito especial pra mim sabia. No inicio queria namorar o irmão dele. Mas quando ele voltou aqui e me pediu pra namorar e eu num quis por causa do gilbert, que foi a minha maior estupidez né, nossa eu senti tantas saudades dele. Se pudesse voltar o tempo eu iria casar com ele. Ele é um gatinho e super legal. Meio gaguinho. Maior charme. Nossa amiga e o beijo dele você num imagina o quanto é gostoso!
O riso foi tanto que lya ate escorregou. E Angelina brincou;
- se não fosse seu escorregão com o babaca do Gilbert você estaria ainda com o Carlos Roberto né miga!
- Com toda certeza miga, que droga me relei toda!
- deixa de ser mole foi só uma reladinha de nada.
- Bom continuando... O Marcelo da praia lembra? Nossa maior gato, tinha a boca rosinha e beijava muitoooooooo!
- Sim aquele peruano né?
- É, e a Letinha disse que eu tava agarrando o Miltinho! Se bem que agarraria se ele quisesse.
- Nossa amiga você num deixa escapar um hein?!
- É mesmo, namorei muito miga! Há teve também o Mazinho, lembra? Hum... ele era muito gato e sabe o que cantava pra mim?
- Não. O que miga?
- Era da jovem guarda e cantava mais ou menos assim. “Fecha os olhos e sinta um beijinho agora de alguém que te ama e não pensa em outra menina e tem medo de te perder... coisa linda, coisa que eu adoro. A gotinha de tudo que eu choro...” Acho que ele estava era apaixonado por alguém que tinha terminado com ele. Mas se ele não tivesse, com ele eu também casava! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
- Nossa mas também você casava com todos kkkkkkkkkkkk
- com todos não miga só com o Carlos Roberto, o Mazinho, o Marcelo, ou o Sidmar kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Bom o Miltinho também ou o Mario, ou o Juarez kkkkkkkkkkkkkkkkk.
- Nossa amiga você tem uma bela listinha hein! Kkkkkkk
- Há me esqueci do Vanderlei, Batista, Valério, Jorginho, Rogério, e muitos outros que foram só uns peguetes kkkkkkkkk. Hum, não posso esquecer do Jordano cara ele foi muito importante pra mim. Eu estava numa fase de que não sabia o que queria da vida, todos diziam que ele era muito namorador e por isso tive medo. Mas o tempo que fiquei com ele também posso dizer que foi indescritível, mágico...
- Mas de qual você gostou mais hem?
- Não sei miga, foram sentimentos diferentes mas os que mais me marcaram foram o Carlos Roberto, Mazinho e o Jordano. Cada um com características diferentes mas todos tinham algo em comum que me fascinou, um carinho, um jeitinho de beijar, de falar, de abraçar. Hummm inesquecíveis.


Cap II – Quer Namorar Comigo?

Era um dia comum e à tardinha Lya se sentou na porta da venda de seu pai. E ficou conversando com alguns amigos. Mas era um dia diferente, aconchegantemente quente. Uma brisa leve acariciava seu rosto fazendo seus longos cabelos loiros balançarem. Ela se sentia especialmente feliz sem saber o motivo. Tinha o olhar distante, absorto, talvez no futuro!  Ela sorria, de repente um rapaz  alto, de olhos caramelados  oblíquos, cabelos castanhos senta-se perto dela  e meio sem jeito lhe faz uma pergunta:
- Lya você quer namorar comigo?
Lya o olha, não o conhece muito bem, mas sente um arrepio por todo o corpo. Ao fixar seus pequenos olhos verdes naqueles olhos caramelados tão intensos, sente uma misto de carinho, desejo e pavor, sem ao menos saber o motivo daquele estranho sentimento. Se soubesse que o rapaz sentado a sua frente seria o protagonista de sua vida!? Se ela soubesse que ele a ensinaria a amar e a sonhar,.. Se soubesse que com ele iria viver o mais lindo, cruel e fatal amor de todos os tempos... se soubesse teria fugido dele. Mas com certeza jamais teria vivido os melhores momentos de sua vida! Talvez respondesse sim a sua pergunta imediatamente ou então se refugiasse em algum esconderijo secreto de sua alma! E jamais teria conhecido o gosto amargo da saudade e o vazio da solidão! Mas também jamais teria conhecido o doce mel da paixão, a ternura da felicidade suprema e a loucura dos sonhos utópicos! E que sabor teria sua vida então?
O rapaz sentou-se e falou de sopetão:
- Se você quiser eu venho te ver as quartas, sábados e talvez até no domingo.
Lya ficou de boca aperta e não conseguiu responder nada espantada. E pensou que ele estava brincando com ela. E só conseguiu dizer que ia pensar. E não ligou muito, mas se sentia estranha. E meio perdida. Sem perceber começou a pensar muito no pedido do rapaz e no que queria para a sua vida. Pois já estava cansada dos rapazes que conhecia. Eles eram  fúteis e agiam como crianças. Ela queria algo diferente, queria um amor. E desejava que fosse com alguém muito especial, com alguém que a amasse de verdade e que ela também amasse. Ai não teria medo de ser feliz!


Cap III – O Casamento

Era dia sete de maio de 1984 Lya se arrumava para ir a um casamento, que teria a maior festança. Ela foi com seu pai. E chegando viu Gilbert e fugiu dele, pois estava cansado de suas criancices e tentativas de fazer o que ela não queria. Certa hora foi à procura de Angelina e de repente alguém a puxa pelo braço. É Gilbert, ela tenta fugir, mas ele a agarra com força e diz:
- Ai gata porque agora você vive fugindo de mim? Não gosta mas de meus beijos?
Falando assim tenta beijá-la a força. E ela bate nele e limpa a boca com nojo. E diz:
- Me larga num quero seus beijos, sinto nojo.
- por que não, você está sozinha.
- Antes só que mal acompanhada.
- Deixa nada, vem cá menina por que to com saudades!
- Me deixa em paz, odeio você!
- Mas já gostou né?
- Eu era idiota antes. Vai procurar a Tieta.
Lya o empurrou e ele caiu e a xingou e ela saiu correndo e fugiu dali. E pensa como pode namorar alguém como ele, que nojo. Encontra a amiga e vão beber chope pra afogar as mágoas, sem saber que as dita cujas sabem nadar. kkkk
E conta o que aconteceu pra amiga. E olha em direção a um grupo de rapazes perto delas,  quando vê alguém que lhe chama a atenção. E diz a amiga:
- Angelina será hoje que irei mudar a minha história, quer apostar?
- Como assim Lya?
- Você está vendo o Dálisom e o primo dele ali? Lembra do que te falei sobre ter me pedido em namoro?
- Lembro sim miga, mais e daí?
- Angelina, você duvida que vou perguntar o Dálisom se ainda quer me namorar?
Dálisom era o rapaz de olhos caramelados que a havia pedido em namoro meses atrás. Ela tinha contado a amiga, que respondeu:
- Eu não duvido de nada você é maluca!
E talvez encorajada pelo chope Lya chega perto de Dalisom e fala oi dando três beijinhos como era costume dos amigos, nele e no primo dele. E derrepente vira-se para Dalisom e pergunta:
- Dálisom, você ainda quer namorar comigo?
Ele não diz nada, apenas a pega pela mão e se afastam um pouco da multidão. Eles nada diziam apenas se olhavam. Lya nunca havia sentido aquela sensação de estar nas nuvens, de estar  num mundo mágico e só deles. Ele era alto e ela subiu em uma pedra! Lya vê naqueles olhos caramelados e penetrantes uma luz tão intensa e inebriante que ofusca e afugenta seus medos. Ela parecia em transe, dopada por aquele homem e pelo que estava sentindo, só com o toque de suas peles. E, apenas  olhando-se se entregaram totalmente a um êxtase inesplicável. Dalisom beija Lya suavemente com carinho e ternura. Lya sentia-se única ali naquela festa cheia de gente. Ela acariciava seus cabelos e não parava de beijar. Ela queria mais. E nada mais importava. Dálisom a beijou com mais intensidade, abraçando-a com  carinho e sofreguidão. Lya desejou que aquele momento fosse eterno e não tivesse fim. Ela extasiava-se com seu beijo delicado e intenso, que aos poucos se tornava exigente e insatisfeito, desejoso de transcender aquele momento fugaz e passageiro. Parecia que lhe faltava o oxigênio. E ela não tinha noção do lúdico e do real. Queria apenas se externar naquele beijo, queria se dissolver naqueles braços. Sua mente estava sem nenhum controle, apenas aquele homem a fazia sentir-se real, apenas ele a traria de volta ao mundo de novo! Ele a abraçou e Lya sentiu-se sua pra sempre, protegida de tudo e de todos os males! Quanto mais Dálisom a beijava mais ela queria seus beijos. Parecia estar sedenta, faminta de seus beijos e de seu corpo, seu cheiro, seu amor. E se ele a deixasse, ela pararia de respirar!
Seu coração batia forte e ela parecia já sentir uma saudade enorme daqueles beijos que nunca havia experimentado, parecia buscar algo que já era seu. Não conseguia controlar o fascínio que ele lhe causava e nem se preocupava com a platéia que devia estar estarrecida com aquela cena. Parecia ser ela a noiva em núpcias! Mas não conseguia se conter. E  o abraçava com tanta força que parecia temer perdê-lo. Sentia um calor, um ardor que a consumia inteira, jamais sentira isso. Mal percebia que já o amava eternamente, queria apenas viver aquele momento lindo, mágico. Como se jamais tivesse outra chance e precisasse aproveitar ao máximo cada segundo. De alguma forma para ela a partir daquele momento começava uma contagem regressiva para que o  seu sonho de amor fosse  terminar. E Lya pressentia isso. E ela percebia, que assim como sua vida seu amor que acabara de nascer, tinha o tempo contado, determinado pra sobreviver. E cada dia acabado, seria um dia a menos pra ser feliz! E o fim estaria mais próximo. Por isso, precisava desesperadamente aproveitar cada segundo. Pois seria um a menos e não um a mais. Como se já soubesse que o amaria eternamente, mesmo sem estar junto dele!
Lya mal dormiu aquela noite, sentia-se extasiada. Acordou cedinho, com um sorriso no rosto. Sentia-se feliz, mesmo não tendo exata consciência do que estava acontecendo. Ela se sentia leve. Pegou sua bicicleta e saiu sem destino, precisava sonhar. Pedalava com rapidez queria correr contra o tempo. O vento úmido batia em seu rosto, sentia a liberdade acariciando-lhe a pele. Como se sua bicicleta pudesse lavá-la até aquele homem. Como se o caminho de sua vida pudesse ser desbravado por ele apenas. E somente ele pudesse mudá-lo. Mas não queria pensar, apenas sonhar com o inimaginável, o insondável caminho da felicidade!. O farfalhar das folhas e o sussurro do vento a lhe tocar os ouvidos anunciando-lhe o despertar daquela paixão alucinante que a entorpecia.

Cap IV – Sonhando Acordada

Naquela estrada pitoresca, Lya seguia. Sem saber a revolta do tempo que estava por se fazer. Em sua vida e em sua realidade atual. De repente, o vento esfriou, fazendo-a tremer. Nuvens escureceram a linda manha, o sol sumiu. E grossas gotas caiam em seu rosto suado e compenetrado. Mas Lya enfrentou a chuva, e continuou pedalando em direção a seu futuro incerto e difícil. Por um instante aquela mudança brusca a fez ficar melancólica. E  por frações de segundo esqueceu seu tórrido e doce sonho de amor. Mas a chuva foi logo embora e reapareceu no horizonte um sol pálido e trepido. Com a brisa leve sua roupa secou rápido.
No caminho que percorria havia lindas flores lilases. Lya colheu bastante e fez com elas uma linda coroa. E juntou mais um tanto e fez um buquê. Se aquele momento pudesse ter sido gravado seria a mais perfeita sena de uma enamorada sonhando com o casamento com seu amor. Só faltava mesmo o vestido branco!
Lya sentiu vontade de chorar sem saber o porque. Olhando aquelas florzinhas frágeis teve medo. Medo de que seu amor também fosse assim frágil e perene. Pois já não podia matar aquele amor que se enraizava com força total em seu peito. Estendendo-se por cada centímetro do seu corpo pequenino e frágil como aquelas florzinhas!
Lya teve uma idéia louca. E correu pra casa com as flores. Subiu as escadas correndo. Chegou ofegante no segundo andar de sua casa, onde ficavam os quartos. E foi correndo para o banho. Tomou um banho demorado. Saiu e penteou os cabelos loiros e enormes que lhe deixavam mais sensual. Pegou seu vestido branco de festa e vestiu.
Era um vestido lindo! Todo branco. tomara-que-caia com um babado enorme no busto, e três babados em ponta nas saias, terminados com rendas. A cintura era superfina com poucos centímetros. Lya colocou a coroa de flores lilases e brancas, pegou o buquê e se olhou no espelho. Hum, sentiu-se a noiva mais linda do mundo! Há se seu amado pudesse vê-la agora...
Mas o destino é cruel! E Mirina de repente aparece com seus esmaltes. E tropeça em Lia , derramando esmalte vermelho em seu vestido. E o pior é que a irmã ri de Lya dizendo:
- Lá vem a noiva! Kkkkk toda vestida de branco com Chico! Kkkkkkkkkkk
A maldade da irmã não feriu apenas a auto-estima de Lya, mas principalmente atingiu seu coração. Ela além de envergonhada ficou derrotada porque a irmã destruiu seus sonhos com apenas um gesto de estupidez.
Os dias foram passando e Lya sentia-se agoniada. Ofuscada por um turbilhão de pensamentos e sentimentos que não era capaz de decifrar. Ao mesmo tempo em que sentia uma enorme saudade e vontade de rever seu amor, o causador daquela solidão aguda.  Sentia um forte desejo de revê-lo, de dizer-lhe o quanto tinha sido especial. Afinal não sabia porque ele havia sumido. Queria saber se ele não havia sentido nada. Se não se lembrava daqueles beijos intensos.
Por fim foi ficando brava. E pensava há que diferença faz, não existe só ele no mundo... vou esquecer. Mas não esquecia. Passavam tantas besteiras e estava literalmente atordoada. E já não conseguia controlar as emoções. E já não sabia mais como agir. Jamais tinha sido tão violentamente atraída por alguém.
Haveria um jogo em Itaema e o time de condor, lugar onde morava Dálisom, que iria jogar. E Lya pensou, hoje ele vem. E se arrumou toda, usando um short curtinho bem provocante e uma blusa coladinha. Entrou no campo e viu-o na arquibancada. Envergonhada passou sem olhar. Ele e os primos assobiaram... Lya não olha pra não dar bandeira. E vai se sentar bem distante. De repente ele vem e senta-se a seu lado. Ela esta tremula de emoção. Ele pega sua mão, beija sua testa, fala oi. Ela mal respira. Responde um oi rouco.
Lya mal consegue disfarçar sua emoção avassaladora! Ele senta se e a puxa pra sentar em seu colo. E a abraça, envolvendo-a em seus braços. Depois ele  vai jogar. E ela fica olhando-o de longe, fascinada, deslumbrada. Tomada de súbito por aquele homem alto, sério, de pernas lindas e torneadas. Lya não tinha controle mais, ele parecia um imã. Suas pernas mal sustentavam seu corpo. E o coração disparava, e parecia que ia capotar nas curvas daquele homem. E às vezes batia tão devagar que parecia falhar, e morrer de felicidade!
Acabou o jogo, e Dálisom foi com Lya até perto da sua casa. E esperou a carona no caminhão do time. Mas ela sentia algo estranho. Parecia estar sonhando e tudo aquilo não passava de uma utopia. E que ao abrir os olhos veria sua dura e fatídica realidade.
Dálisom sumiu por um tempo e Lya ficou muito deprimida. Sentia saudades que pareciam sufocá-la. E já não conseguia esconder seus sentimentos. Ia a rua todos os dias, na vã tentativa de encontrá-lo. Então começou a imaginar mil motivos para aquela ausência. E pensava: “ele apenas se divertiu comigo, como todos os outros... não signifiquei nada... e já nem se lembra mais...”  E nem mesmo Angelina a animava. E vendo-a assim tão triste pergunta:







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