domingo, 21 de novembro de 2010

Escuridão - Poesias

Em 1987 conheceu o medo da escuridão,
E no alto da Mangabeira achou a solidão.
Quanto medo ela sentiu da extirpação,
E as saudades do tempo de sua abotoação!
Que lhe traziam de volta a emoção,
Do amor escondido em seu próprio coração!
E, na escuridão de sua vida, fez a abdicação.
Do amor que se tornara abjunção.
Ela deveria fazer uma ab-rogação,
E dele, pra sempre, fazer abstenção!
Nas sombras daquela aberração,
Fez sua vida tornar-se abreviação!
E... o passado seria apenas abstração,
Seu corpo em uma eterna abirritação.
Da “alma” que não passava de ilusão,
Sai ferida, mais fiel como um cão,
Que não mais fareja o seu patrão.
Ela teve medo de cada dia aumentar a escuridão.
Mas não podia fugir ao destino, a perdição!
Pois, a escuridão, já fazia parte do seu coração
Muito antes da perda da visão!
Antes tinha perdido seu amor...
Agonizante em sua dor.
E, nas paralelas dessa sua estrada,
A solidão alojara-se em sua calçada,
Ficando para sempre eternizada!






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