sexta-feira, 25 de março de 2011

Parabéns Cchoeiro!!!


"Sabe meu Cachoeiro...

Eu passo a vida recordando
de tudo quanto aí deixei
Cachoeiro, Cachoeiro
vim ao Rio de Janeiro
p'ra voltar e não voltei!

Que pessoa que ao saír adolescente de sua terra natal, não sente essas mesmas emoções que Raul Sampaio sentiu ao compor essa letra? Assim como Roberto sentiu ao cantá-la?

Mas te confesso na saudade
as dores que arranjei pra mim
pois todo o pranto destas mágoas
ainda irei juntar nas águas
do teu Itapemirim

Quem de nós, que; tenha ido pra longe de sua terra natal e não deseje ardentemente voltar? Voltar e  rever tudo de novo?
Mas muitas vezes a decepção é inevitável. Muitas vezes constatamos que está tudo diferente e nada mais é como antes... "...coisas que não voltam mais..."

Meu pequeno Cachoeiro
vivo só pensando em ti
ai que saudade dessas terras
entre as serras
doce Terra onde eu nasci!

"dessas terras entre as serras..."  E, todos nós não embalamos os sonhos de que nossa "terra" é encantada? Que é cercada por doces serras, verdes matas, lindas cerejeiras e flamboyants... lindos riachos e cachoeiras... ha! Saudade é mesmo intraduziel, não é?

Meu pequeno Cachoeiro
vivo só pensando em ti
ai que saudade dessas terras
entre as serras
doce Terra onde eu nascí!

E a saudade é ingrata, dilacera o coração fazendo-nos emudecer os sonhos, as divagações. Ah, mas a  saudade também  é sempre fantástica e nos traz lembranças só nossas, únicas e mágicas!

Recordo a casa onde eu morava
o muro alto, o laranjal
meu flambuaiã na primavera
que bonito que ele era
dando sombra no quintal

Qual casa de nossas infancias não tinha um belo "quintal"? Com flores e árvores maravilhosas (ainda que imaginários). Lugares mágicos, onde embalávamos nossos desejos de meninice em divertidos piques de esconde, em deliciosas e lambuzadas fugas do cardápio materno nos quintais alheios...

A minha escola, a minha rua
os meus primeiros madrigais
ai como o pensamento voa
ao lembrar a Terra boa
coisas que não voltam mais!

"... ai como o pensamento voa ao lembrar a terra boa..." E essa terra boa é sempre a da nossa infância e adolescência, não é? Nossos primeiros amigos, nossos primeiros passos, nosso primeiro amor...

Meu pequeno Cachoeiro
vivo só pensando em ti
ai que saudade dessas terras
entre as serras
doce Terra onde eu nascí
(Falando)
- Sabe meu Cachoeiro,
eu trouxe muita coisa de você
e todas essas coisas me fizeram saber crescer
e hoje eu me lembro de você,
me lembro e me sinto criança outra vez!

E todos nós trazemos recordações e aprendizados de nossa meninice, de nossa "estação primavera"!
E buscamos sempre nessas recordações, forças para superar as "estações de inverno". E, seguimos em busca de  amenos e gentis outonos na caminhada rumo ao verão que queremos e soanhamos seja  sempre  eterno!

 

(Cantado, novamente)

Meu pequeno Cachoeiro
vivo só pensando em ti
ai que saudade dessas terras
entre as serras
doce Terra onde eu nascí!!!

Legado cultural

Então essa música de Cachoeiro de Itapemirim, pode ser também a sua música... e, você poderá cantar assim:
Meu pequeno Muniz Freire (eu) vivo só pensando em ti...
Minha pequena BH...
ou, minha pequena Burarama...
ou ainda, minha pequena Itaúna, Castelo, Colatina, Linhares, Nova Iguaçu, Volta Redonda, Pinheiral, Natal, Salvador, Recife, Terezina, Manaus, Pelotas, Rio Grande, etc....





Cachoeiro é importante também pelo legado cultural. É a terra em que nasceram, cresceram e, mesmo ausentes, continuaram a prestigiar e servir de exemplo às novas gerações gente do quilate do escritor Rubem Braga e de seu irmão mais velho, o também escritor e jornalista Newton Braga. Do inesquecível artista da música Raul Sampaio (autor de Meu pequeno Cachoeiro, hoje hino da cidade) e de seu filho, falecido ainda jovem, Sérgio Sampaio. Compositor de pérolas como Eu quero é botar meu bloco na rua, parceiro de Raul Seixas, Sandra de Sá, companheiro de muitos shows de pura MPB, anos 70, com Zé Renato e o conjunto Boca Livre. E, claro, a terra do mais querido dos astros da música brasileira, o rei Roberto Carlos – que com a sua gravação de Meu Pequeno Cachoeiro, e o sucesso absoluto que alcançou com essa música, provocou a adoção dela como hino oficial (reportagem de SÉCULO nº 11,
Fonte: http://www.seculodiario.com.br/seculo/2001/seculo17/index2.htm























Um comentário:

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