sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ajude-me a dar um título ao meu novo romance

Boa Taede  queridos amigos!
Estou escrevendo um novo romance.e gostaria que sugerissem um nome para ele. E por isso estou postando o primeiro capitulo para que tenham uma ideia. É um historia que se passa na bela e bucólica vida do campo, ao menos a maior parte dela. A protagonista Giulia é uma fotografa muito bem sucedida que vive na capital capixaba. E, devido a uma proposta de trabalho irrecusável volta a sua terra natal E lá surgem alguns problemas e ela é obrigada a se hospedar na casa de um homem charmoso e envolvente. Eles estão prestes a se envolver, quando ironicamente Giulia descobre um terrível segredo, que lhe fará odiar Álvaro com todas suas forças.
Me dê uma sugestão de titulo e diga o que acha do texto. Ficarei muito feliz sabendo sua opinião... Beijos caramelados...








CAPITULO I: Giulia e as cambaxirras




Giulia era uma moça solitária. Morava em Vila Velha cidade grande e complicada para sua cabeça. Mas, possuía um estúdio fotográfico em Vitória. Mas na verdade sempre sonhara ter uma casinha no interior, onde vivera a sua infância e adolescência. E, onde havia passado os melhores dias de sua vida. Como se os melhores dias não fossem sempre os de nossa infância e adolescência, não? Afinal na vida adulta surgem os compromissos e deveres. Uma chatice.


Giulia passava horas perdida em seus pensamentos. Lembrando-se de cenas, de pessoas, das festas interioranas. A vida era simples e feliz naquela época. Esses pensamentos a acalmavam e a inspiravam em seu trabalho.
Além do estúdio Giulia trabalhava para uma importante revista e era considerada uma das melhores fotografas do país. Já fizera por diversas vezes exposições de suas fotográfias e recebera inúmeros prêmio. Pois seu maior prazer era a magia dos flash. Buscava em cenas do cotidiano a essência dos momentos que procurava eternizava em seus “clicks”. Muitas vezes parava pelas ruas e ia em busca de um click mágico. Amava o que fazia e estava sempre aperfeiçoando sua arte.


Giulia morava em um apartamento aconchegante na orla marítima de Itapuã. Tinha alguns amigos, aos quais ela dedicava algumas horas semanais. Ora em reuniões em sua casa, ora em saídas noturnas pela noite capixaba. Porém era muito reservada e era rara às vezes em que isso acontecia. Gostava muito de privacidade e tinha se tornado um tanto quanto solitária. Às vezes passava horas estudando ou em seu blog postando fotografias e falando de seu mundo particular.


Era um lindo domingo e Giulia resolvera sair para passear no calçadão de Itapuã. Com sua câmera, claro. Após alguns clicks, alguém a interrompe:


- Julia, quanto tempo!


Era Márcio, um amigo muito especial. Giulia já havia percebido seu interesse em lhe conquistar. Porém ela se mantinha irredutível em seu mundo. E não dava nenhuma chance a quem quer que fosse de penetrar em seus sonhos e devaneios. Mas simpatizava-se muito com Márcio. Ele era divertido e carismático, além de muito bonito. Era moreno, alto de cabelos negros e lisos, que lhe davam um toque de mistério. Tinha lábios carnudos e olhos caramelados; que faziam com que Giulia estremecesse. Porém o que provocava nela essa reação, não era exatamente ele. E sim a lembrança nítida que aqueles olhos penetrantes lhe provocavam. E. lembranças que Giulia desejava sufocar a qualquer custo. Márcio lhe pega pela mão e com um sorriso faceiro diz:


- Me acompanhe senhorita.


- Onde está me levando? – Retruca Julia.


- Prometo que não vai se arrepender.


Márcio sai puxando-a pela mão e andam alguns minutos no calçadão. Quando de repente, ele tampa seus olhos com as mãos e diz:


- Não pode olhar ainda. Venha. Me acompanhe só mais uns passos.


- Ok. – Giulia disse meio apreensiva por não estar vendo.


Márcio a conduz até um coqueiro anão que sorrateiramente crescera ali. E diz-lhe:


- Agora você vira para a direita, levante um pouco a cabeça, e... olhe pra frente.


Giulia sem entender bem, obedece. E ao olhar para o coqueirinho, fica estupefata. Não consegue dizer uma só palavra. Está hipnotizada diante da cena que vê. Uma família de cambaxirras, muito barulhentas, com seus tremidos de sininho. Até pareciam querer dizer algo para Giulia. Pareciam vaticinar alguma profecia. Giulia, absorta com aquela cena inusitada, pega a câmera, sua fiel amiga e começa a tirar fotos de todos os ângulos possíveis. Fica tão absorta que até se esquece de Márcio; que após alguns minutos, lhe pergunta em um sorriso faceiro de quem sabe que fez um gol de placa:


- Gostou da surpresa Giulia?


- Nossa amei! - responde ela afoita.


- Então até que mereço uma recompensa, né? – Pergunta-lhe Márcio.


- Sim, claro. – Giulia responde um tanto quanto incerta.


- Oba! Então posso convidá-la para tomar uma água de coco, um suco ou um sorvete?


Giulia não podia ser indelicada com ele, depois de tamanha surpresa. Márcio sabia de sua paixão por fotografar cenas inusitadas. E, aproveitou a deixa para marcar uns pontinhos com ela. Então, ela respondeu-lhe:
- Claro, vamos sim.


Giulia meio desconcertada segue-o pelo calçadão até um quiosque. Márcio pergunta-lhe:


- O que você deseja?


- Uma água de coco para mim está ótimo. – ela responde.


Márcio persiste na idéia de conquistá-la e continua o papo animadamente.


- Giulia você sabe o nome daquele passarinho?


- Não. Não faço nenhuma idéia. Você sabe?


- Sei sim. Era uma família de cambaxirras.


- Cambaxirras? – pergunta ela abismada.


- Sim, cambaxirras. São pássaros bem peculiares. Até existe uma lenda sobre eles. Gostaria de saber?


- Claro que sim, assim poderei fazer um post bem legal em meu blog.


- Essa foi minha idéia quando vi aquele ninho de cambaxirras aqui no calçadão. Pretendia te ligar quando a encontrei caminhando.


- Muito legal de sua parte ter se lembrado, muito obrigada.


- Nada, é um enorme prazer. Mas, depois que vi as cambaxirras ontem, resolvi pesquisar na net, e achei uma lenda interessante sobre elas.


- Sim, conte-me tudo. – Falou Giulia toda entusiasmada.


Márcio pegou os cocos nos quiosque e entregou um a Giulia, depois se sentou, pegou os canudinhos e sorveu um gole da água de seu coco. E, continuou.


- Então, diz a lenda que as cambaxirras eram pássaros silvestres e voavam sempre acompanhadas de suas amigas mariquitas, eram como os outros pássaros; voavam e sugavam o néctar de todas as flores. Porém, certo dia, suas companheiras mariquitas pousaram em um arbusto de trombetinhas vermelhas, que elas gostavam muito E, as cambaxirras se enganarão. E pousaram em um pé de pimenteira que estava carregadinho de frutos maduros, que estava bem ao lado das trombetinhas vermelhas. E enquanto as mariquitas sugavam o néctar das flores, as cambaxirras bicavam as pimentinhas, ficando com a boca e a garganta cada vez mais vermelhas e ardidas. Com isso seu canto que era extremamente melodioso, foi ficando entrecortado de sussurros de aflição. Parecendo mais um sininho tremido, que avisa a todos os passarinhos para que tomem cuidado com as pimentas. E foi por isso que a cambaxirra nunca mais voou com os outros pássaros. E agora preferem estar sempre mais próximas do homem e só comem coisas que se mexem, como: insetos, larvas e pequenos bichinhos.


Enquanto ele falava, observava Giulia com o olhar absorto em seus pensamentos. Quando ele terminou, ela permaneceu em silencio uns minutos. Depois reflexiva disse:


- Então eu sou como uma Cambaxirra.


- Hum?! – Márcio balbuciou, sem entender.


- AH, desculpe-me, estava pensando no texto que farei em meu blog quando fizer o post com as fotos da cambaxirra. – ela respondeu meio sem graça.


- Fico feliz em tê-la ajudado. – respondeu-lhe Márcio sorridente.


- Eu quem agradeço pela oportunidade de tirar uma foto tão inusitada. Você foi fantástico!


Marcio deu um enorme sorriso e passou a mão pelos cabelos, em um gesto automático e habitual. Vendo que tinha conseguido penetrar um pouquinho naquele terreno árido, que era o coração de Giulia. E completou:


- Então, já que colaborei, sinto que conquistei um pouquinho esse coraçãozinho fechado. Estou errado?


- Ah, seu bobo! Você já faz parte dele há muito tempo, né?


Ela falou assim para não desanimá-lo. Porém as cambaxirras a tinham feito se lembrar de um antigo sabor ardido de pimenta que sentirá a tempos atrás. Um pesadelo igual ao vivido pelas cambaxirras, que fez com que ela, ignorasse para sempre o néctar do amor. Que não sentisse mais nenhuma vontade de voar por entre os sonhos e quimeras. E, esse ardor de pimenta que sentira a plantara no chão. Assim como as cambaxirras, ela ficou a cata apenas de coisas que se movessem, ou seja: coisas palpáveis ou que ela pudesse identificar como não perigosas. E foi assim que o amor para Giulia se transformou em “pimentas ardidas”, do qual ela devia fugir constantemente. Pois um sininho tremulante sempre a avisava do perigo eminente.


Márcio ouvindo sua resposta anima-se e investe ainda mais contra ela:


- Então posso te ligar qualquer dia pra sairmos? Um jantar, um passeio em algum lugar gostoso?


- Si - sim, claro.


Ela gaguejou quase que fazendo uma careta. E tratou de despedir-se logo, antes que as coisas esquentassem mais.


- Amei sua surpresa Márcio. Muito obrigada, de verdade. Mas preciso ir, ainda tenho um zilhão de coisas para organizar.


- Ok, claro. Mas vou acompanhá-la até seu prédio, ficarei mais tranqüilo. A violência anda meio braba, né?


- Sim, com certeza. Eu agradeço.


Eles caminharam até o condomínio onde ela morava. Que era um condomínio fechado e muito luxuoso. Giulia havia lutado muito para chegar até ali. E teve com certeza uma força extraordinária dos céus, intercedendo por ela. E apesar de tudo que havia passado, aos 43 anos Giulia era uma profissional renomada e gozava de certo conforto. Muito embora fosse capaz de trocar tudo por um sonho antigo... Mas isso vocês ficarão sabendo logo, logo. Ou melhor, desvendaremos juntos.

OBS: O titulo provisório é: Um Ákbun do passado... mas acho que não tá muito bom não rsrs...



Um comentário:

  1. Oi tia, seu blog é lindinho, amo visitá-la. O nome do seu livro podia ser "Revelação", o que você acha? Beijinho tia Gaby

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