sexta-feira, 5 de março de 2010

História as avessas - CAPITULO VI



[...]  PARTE VI



Todos se preparam para ir à praia. Leonel e Ariane ajudam Glória a se arrumar. Colocam suas roupas de banho, depois vestem short e camiseta, pois à praia era bem pertinho. O pai os chama e diz:

- Leonel e Ariane, eu sei que vocês são responsáveis por este pedido da Godóia, porém quero que colaborem, pois sabem que não temos nenhum dinheiro, né?

- Sim papai, sabemos.
- Por isso não poderei compra nada para vocês, ta bom?
- Sim, sabemos papai. – responderam juntos Leonel e Ariane.

O pai tinha o coração apertado, pois sabia o quanto era doloroso ter que falar assim com o s filhos que tanto amava. Porém desde que a mãe adoecera, eles não tinham tido nenhuma distração. E o pai desejava que eles não se tornassem crianças tristes e amargas. Sabia que precisava deixá-los se distrair de vez em quando. Esforçou-se e levou-os, a praia não era muito longe, só tinham que andar uns quinze minutos e estariam lá. Já era quase oito horas da manhã quando chegaram. O dia estava iluminado por um sol aconchegante. As crianças estenderam uma toalha na areia para Glória sentar-se. E correram em direção ao mar. Glória ficou com o pai, estava com um pouco de medo de entrar na água. Mas de vagarinho foi tomando coragem, molhou os pezinhos. E de vagarinho foi entrando, logo já estava se divertindo com os irmãos na água. Brincarão bastante, jogavam água uns nos outros e riam muito com o pai sempre por perto. Glória pediu ao pai para ir sentar na toalha, pois estava com um pouco de frio. Ela sentia fome também, mas não pediu nada ao pai, pois sabia a dificuldade dele e não ousava fazer nenhum pedido. Passavam vendedores de picolé, salgadinhos, água de cocô, milho verde. E Glória olhava e nada dizia, seus olhinhos verdes brilhavam, mas ficava calada. O pai a olhava, o coração cortando de dor. Pois se comprasse algo para Glória, não poderia comprar para os irmãos. Como doía ao senhor Antonio ver seus filhos sem ter o mínimo da vida. Leonel e Ariane saem da água e vão se sentar perto do pai e de Glória, eles estavam com frio também. Passou um vendedor de salgadinho, o pai tinha apenas 2 reais falou com o moço:

- Senhor, quanto é o salgadinho?
- É 2 reais moço.
As crianças se olharam, olharam para o pai e Leonel disse:
- Pode comprar pra Godóia pai, agente não precisa.
O pai fica meio sem graça, enfim entrega os 2 reais ao moço. Porém aquele vendedor de salgados nota que no olhar daquele pai há desespero, há tristeza acumulada e diz:
- Moço vou te vender 2 por 2 reais, pois eu também sou pai.
O senhor Antônio com os olhos lacrimejados apenas consegue balançar a cabeça e diz um fraco “obrigado” quase que se engasga com a dureza daquela cena. Pegou os salgados e deu um para Glória e outro para Leonel dizendo:
- Vocês dois dividem essa, ta?
- Não papai, dividimos em 3. – Diz Leonel.
- Na-na-ni-na-não... – diz Glória – Eu nun guento pai esse todo, metade pla oce e outa pla eu, ta bom?
O pai deu um sorriso triste e engoliu seco. E pensava “Deus sempre dava um jeito de ajudá-lo” e agradeceu em pensamento por ter 2 salgados para seus filhos.
Eles comeram os salgados e Glória quis fazer castelo, enquanto os dois iam de novo para a água. O pai sentou-se para vigiá-los. Glória entretida fazia seu castelo quando, de repente em meio a areia....

“O que será que Glória ia achar?”

Agora é sua vez de escrever essa história, continue pra mim... Ficarei muito feliz com sua ajuda.






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