sábado, 6 de fevereiro de 2010

Saudades... Luzes da Ribalta... - Con tos Crônicas



Tenho saudades de muitas coisas. Mas também acho que com o avançar dos dias, dos anos a tendência é mesmo essa rsrs


Tenho saudade principalmente da minha bicicleta. Estranho? Isso mesmo, da minha querida bicicleta. Mas explicarei, e talvez querido leitor, até seus sentimentos se tornem uma grande miscelânea. Tenho saudades da minha bicicleta... ela era, foi, a mais companheira de minha melhor fase, de minha vamos dizer: “luzes da ribalta”.


Meio dramático, porém, bem parecido, o trama, com minha vã história. Estava eu na faze da adolescência e pela primeira vez apaixonada. E andava pelas estradas do lugar onde morava. Estradas normais de interior. Mas, que para mim, pareciam verdadeiras avenidas pavimentadas de paralelepípedos de ouro, cercadas por coloridas e ofuscantes pérolas, diamantes, rubis e esmeraldas.


O que na verdade eram simples flores campestres, para mim eram como um perfume estonteante de “amor”. Perfume que nasce na paixão e correm por entre as veias, culminando no coração. E provocando um ligeiro enfarte de emoções; que se mistura se funde e são levadas até o cérebro, onde provocam alucinações deliciosamente contagiantes. E por esse contágio repentino, o mundo torna-se cor de arco-íris, ou seja multicolorido! Sensações essas que é das mais deliciosas e eternas que já conheci.


Então, ao estar nesse estado de “graça”, pegava minha bicicleta monark e pedalava tranquilamente naquelas ruas rumo ao elo perdido do meu coração. Parava várias vezes e colhia flores singelas que cresciam livres à beira do caminho. Flores lilás. E fazia com elas um buquê me imaginando entrando na igreja com o meu amado “Calvero” ... ou seria eu o próprio Calvéro?


Aquelas tardes, que eram sempre de primavera; pois primavera é sempre colorida, perfumada e encantada, não acham? Naquelas tardes eu era a mais feliz das criaturas da face da terra. Seguia livre com meus sonhos, sem nem ao menos saber se eles se concretizariam. Mas não importava, o que realmente importava era ser feliz!


Vejo hoje pessoas que se enfurecem com a vida; muitas vezes dizem que não tem nada de bom pra se lembrar. Mas das duas uma: ou essa pessoa é muito esquecida ou ficou trancada em um quarto a vida toda. Porém sempre existe uma solução pra isso, Pois enquanto há vida, há tempo para se recuperar o que perdeu.


Só sei que hoje eu não posso andar na minha bicicleta. E vocês dirão: “Claro, a bicicleta já deve estar no museu!” Também com essa idade rsrs. Não, hoje já não posso mais andar na minha amada bicicleta, pois minha visão não permite. E se tentasse com certeza não conseguiria, me esborracharia, ou, no mínimo teriam que fazer ruas bem largas e com postes de borracha.


Por isso o que mais tenho saudades na minha vida é de andar de bicicleta. E você leitor amigo, do que sente saudades?


Saudades da bicicleta ou talvez do amor não sei bem a definição. Mas talvez minha alma almejasse é sentir de novo aquela sensação de estar lá em cima no auge da felicidade, no topo da vida. E assim: No mais alto estágio da paixão e da felicidade. É como se minha alma soubesse que se de volta tivesse minha bicicleta, também teria o amor!!!


Ah! Mais mesmo assim, ainda não desistir de encontrar meu “Calvero”


By Lya Lukka


 



OBS: Luzes da Ribalta


(Limelight, 1952)






Direção: Charles Chaplin


» Roteiro: Charles Chaplin


» Gênero: Comédia/Drama


» Origem: Estados Unidos


» Duração: 137 minutos


» Tipo: Longa-metragem


» Sinopse: Calvero (Charles Chaplin) é um palhaço em decadência que nutre um amor por Thereza (Claire Bloom), uma bailarina que está superando as dificuldades após uma tentativa de suicídio. Ela perde as esperanças achando que não consegue mais dançar, mas Calvero a incentiva de todas as formas, tentando dar confiança a Thereza para continuar dançando.










2 comentários:

  1. Siempre me es gratificante recorrer el mundo de los blogs… y encontrar algunos como el tuyo. También tengo la esperanza que alguna vez pueda verte por el mío, sería como compartir esta pasión por escribir que une a tantas personas y en tantos lugares...

    Sergio

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  2. Ola Sérgio, só agora estou aprendendo melhor a cuidar de um blog. Muito obrigada pela visita. E adicionei o feed do seu blog para ler sempre. Grande abraço

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Será um grande prazer saber sua opinião, ler seus comentários. Sinta-se em casa, arraste a cadeira e tome um café com poesia, que tal?

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