sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A Cachoeira Triste - Poesias

Em um sonho eu vivi,
Horas em uma cachoeira linda.
Foi o sonho melhor que já tive,
Ou um lugar onde nunca estive?
De meu amado eu estava acompanhada,
E ao som daquelas águas, fui embalada.
E, naquelas águas tranqüilas,
Vi o amor em tuas pupilas.
A água cristalina seu corpo afagava,
E minha pele queimava... por você ansiava.
E o tempo fez pirraça...
Parou... fazendo graça.
Dando lugar à um momento mágico,
Eternizado pelo chuá, chuá...
E aquele sonho era ilógico!
O vento que era tão meu amigo,
Balançava os cabelos do meu amor.
Meus olhos o buscavam com fervor.
E, minhas mãos tranqüilas,
Deslizavam pelo corpo nú... molhado.
Éramos um casal apaixonado!
E aquela mesma cachoeira,
Levou consigo meu amor... 
Meu abrigo.
Calma e serena,
Ela levava meu sorriso.
Aquelas águas de mim tiveram pena.
E... choravam batendo nas pedras,
Cantando uma música fúnebre.
Levavam com ela o meu amor,
Que me deixou sem nenhum pudor!
Voltei muitas vezes,
Àquela cachoeira ingrata.
E revi o mesmo verde daquelas matas.
A cachoeira serena e calma,
Faz me lembrar a dor da minha alma.
Que não mata, mas fere... com furor.
E... dói mais que qualquer dor.
Cachoeira triste, porque me fez feliz,
Depois, tirou o meu matiz?
Porque me afagou... depois me afogou?
Me acariciou... me iludiu...
Depois pra sempre partiu?
Levando consigo meu grande amor.
Provocando-me esse louco pavor!
Pavor do amor.




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